Petrobras (PETR4) Relata Sólida Geração de Caixa no 3T23

Petrobras (PETR4) Relata Sólida Geração de Caixa no 3T23

10/11/2023 às 12h56

Por: Fernanda Calandro
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A Petrobras divulgou um terceiro trimestre considerado sem grandes surpresas, registrando um EBITDA ajustado de US$13.6 bilhões, em linha com as expectativas e o consenso.

Petrobras: Máquina de Geração de Caixa

O resultado divulgado pela PBR foi relativamente estável, com um crescimento de 15% em relação ao trimestre anterior, impulsionado pelo aumento da produção e vendas em 9%, preços mais altos do petróleo (+10%) e custos de extração de US$7.6/bbl (alinhados com a BTGe). Apesar de um aumento inesperado nas despesas exploratórias de US$484 milhões, resultantes de perdas com blocos economicamente inviáveis, o EBITDA poderia ter sido um pouco maior.

Na área de refino, a margem de EBITDA permaneceu abaixo da média, em 9%, já que os preços médios ficaram abaixo do Preço de Paridade de Importação durante o trimestre. Ainda assim, o EBITDA do segmento cresceu para US$2.1 bilhões (+32% trimestre a trimestre), impulsionado por ganhos em estoques de US$1.36 bilhão. O lucro líquido foi 11% superior ao esperado devido a perdas cambiais menores que o previsto.

Dividendos e Novas Projeções para 2023

O fluxo de caixa livre no trimestre atingiu US$8.4 bilhões, permitindo à Petrobras anunciar uma distribuição de dividendos de cerca de US$3.5 bilhões (R$1.34 por ação e aproximadamente US$0.54/ADR), juntamente com cerca de US$200 milhões em recompra de ações. Isso demonstra uma total conformidade com a política de distribuição da companhia, gerando um retorno de 3.9% (3.6% em dividendos e 0.3% em recompra de ações).

Além disso, a empresa revisou suas projeções de capex e produção para 2023, reduzindo-as para US$13 bilhões (de US$16 bilhões) e 2.8 milhões de barris por dia (de 2.6 milhões de bpd), alterações amplamente previstas.

Foco no Novo Plano Estratégico

O Conselho da Petrobras recentemente propôs a criação de uma reserva de capital, aumentando a flexibilidade da empresa para reter ganhos e reduzindo os riscos de usar o excesso de caixa em fusões e aquisições. Notícias recentes sugerem que o novo Plano Estratégico de 5 anos da PBR pode ultrapassar US$100 bilhões (em comparação com os US$86 bilhões da BTGe), incluindo empreendimentos inorgânicos em segmentos além do negócio principal da empresa.

Embora essas medidas sejam vistas com cautela devido ao histórico da empresa em alocação de capital, a perspectiva é que a PBR continue sendo capaz de realizar pagamentos extraordinários, mesmo que a empresa costume não atingir suas próprias metas de capex – nos últimos 6 anos, os investimentos foram, em média, 25% inferiores ao previsto.

Perspectivas de Valuation e Continuidade na Distribuição de Dividendos

Mesmo com possíveis fusões e acordos fiscais (CARF), a visão otimista em relação à Petrobras continua, sustentada pela capacidade da empresa de gerar mais caixa do que gasta. Apesar das incertezas, principalmente em relação a dividendos extraordinários, a narrativa de continuidade permanece atraente. As previsões de valuation revelam um cenário promissor, destacando a capacidade de pagamento de dividendos.

Observação: Este relatório foi adaptado do Relatório BTG Pactual para fornecer informações de maneira concisa e direta. Para detalhes completos, consulte o relatório original.

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