Riscos nos FIDCs: 3 Motivos para Cautela, Alerta Fernando Camargo Luiz
22/11/2023 às 10h39
A Resolução 175 da CVM abre portas para os FIDCs, mas os riscos podem surpreender. Gestores alertam para a inadimplência e oscilações, questionando se vale a pena encarar o principal em troca de retornos aparentemente atrativos.
Riscos nos FIDCs: Inadimplência, Crises Recentes e a Ganância dos Investidores
Com a Resolução 175 da CVM entrando em vigor em outubro, os Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDCs) tornaram-se acessíveis a investidores individuais. Movimentando quase R$ 500 bilhões, a expectativa é que esses fundos se tornem tão populares quanto os Fundos de Investimentos Imobiliários (FIIs). Contudo, por trás do otimismo, especialistas alertam para riscos nos FIDCs, e eles são substanciais.
Os FIDCs focam em títulos de crédito privado, incluindo duplicatas, cheques e parcelas do cartão de crédito. Ao investir em um FIDC, os investidores antecipam o fluxo de caixa de uma empresa, recebendo juros em troca. Embora a rentabilidade, geralmente em torno de 120% do CDI, pareça atrativa, os riscos nos FIDCs são elevados.
Enquanto alguns defendem os FIDCs devido à rentabilidade e à baixa volatilidade, críticos apontam para o risco de inadimplência. A recente crise envolvendo uma administradora de cartões suspendendo o pagamento de dívidas ilustra como a inadimplência pode impactar negativamente os investidores.
A taxa de juros elevada, apesar de atrativa, também aumenta o custo para as empresas, ampliando os riscos de caixa. Especialistas destacam que há fundos de investimento que rendem entre 105% e 110% do CDI sem incorrer no risco de crédito corporativo privado.
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Alerta aos Investidores: Avaliação Crítica e Transparência São Essenciais no Mundo dos FIDCs
Em meio às promessas de rentabilidade, a pergunta persiste: vale a pena investir em FIDCs? Especialistas advertem que, embora possam oferecer retornos aparentemente atrativos, os riscos inerentes, especialmente em momentos de inadimplência, podem resultar na perda do principal.
A transparência e o entendimento do investidor são fundamentais, uma vez que a diversificação, muitas vezes considerada um mecanismo de controle de riscos, pode não ser suficiente em situações adversas. A recente abertura da CVM para os FIDCs levanta questões sobre a proteção dos investidores, à medida que novas oportunidades surgem, atraindo tanto investidores experientes quanto novatos em busca de retornos mais elevados.