Braskem (BRKM5): Desafios Persistem no 3T

O terceiro trimestre de 2023 não trouxe sinais claros de recuperação para a Braskem, com resultados aquém das expectativas. O EBITDA de US$127 milhões, ajustado para ganhos fiscais, decepcionou, refletindo o desempenho desfavorável das unidades brasileira e mexicana.

A perda líquida de US$498 milhões, embora em grande parte relacionada a resultados cambiais não monetários, destaca os desafios enfrentados. O destaque negativo foi o consumo de caixa de ~US$286 milhões, elevando a alavancagem para 13x ND/EBITDA.

Braskem: Desafios Persistem

No Brasil, os spreads de PE e PP diminuíram em média 20% QoQ, enquanto o spread de produtos químicos principais caiu 24% no mesmo período. No México, o spread de PE-etano caiu 16% QoQ. A tendência descendente destaca aumentos globais significativos na capacidade de produção de resinas e demanda lenta. A recuperação pode demorar sem racionalização eficaz.

Possível Venda da BRKM: Cautela Recomendada

Rumores indicam que a ADNOC fez uma oferta não vinculativa por quase todas as ações da Braskem detidas pela Novonor. Embora isso possa impulsionar o desempenho das ações, a venda potencial ainda suscita dúvidas sobre os benefícios para os acionistas minoritários. A oferta incluiria 50% em dinheiro e 50% em títulos, com um NPV implícito de R$37,3/BRKM5, um prêmio de 116% sobre o preço de mercado atual.

Perspectivas e Recomendação

Com base nos fundamentos petroquímicos, revisões descendentes nas projeções de lucros são prováveis. A perspectiva de excedentes significativos de resina em 2024 sugere que as múltiplos podem estar mais caras do que o mercado pensa. A preferência continua sendo exposição ao setor de Petróleo & Gás por meio de empresas de exploração.

Observação: Este relatório foi adaptado do Relatório BTG Pactual para fornecer informações de maneira concisa e direta. Para detalhes completos, consulte o relatório original.