Federalização em MG: Cemig e Copasa em Foco – 5 Pontos Críticos

O plano de federalização em MG das empresas estatais, incluindo Cemig e Copasa, ganha destaque. Propostas e incertezas cercam o processo, com implicações financeiras significativas para os acionistas.

Dúvidas e Incertezas: O Complexo Cenário da Federalização em MG

Na última sexta-feira, uma reportagem do Folha de S. Paulo levantou a possibilidade de federalização das estatais de Minas Gerais para aliviar a dívida estadual de R$160 bilhões com o governo federal. O plano envolve Cemig (energia), Copasa (saneamento) e Codemig (mineração), com a manutenção dos créditos estaduais relacionados ao colapso da barragem da Samarco. O Governador Romeu Zema, anteriormente favorável à privatização, surpreendeu ao concordar com o plano, visto como a saída diante das resistências políticas à privatização nas instituições estaduais.

A incerteza paira sobre o valor justo da transferência de controle para o governo federal, afetando especialmente as ações ordinárias da Cemig. Com 80% de direito de tag-along, o preço e a metodologia de avaliação geram dúvidas. O valor total das participações de Cemig e Copasa representa apenas cerca de 6% da dívida total do estado, levantando questionamentos sobre a relevância dessas empresas diante do passivo maciço.

Perspectivas Nebulosas: Os Desafios e Riscos da Federalização de Cemig e Copasa

A aprovação da federalização exigirá a aprovação de uma lei ordinária pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) e uma lei federal pelo Congresso. Com a data limite de pagamento da dívida estadual suspensa até 20 de dezembro pelo STF, o governo federal, Zema e Pacheco buscam prorrogação para viabilizar o processo.

A possível federalização da Copasa também enfrentaria desafios adicionais, exigindo negociações com municípios. A notícia impactou negativamente as ações da Cemig, e os investidores monitoram atentamente os desdobramentos.