Práticas ESG: 80% das Empresas de Alimentos e Bebidas Enfrentam Desafios, Revela Pesquisa
15/12/2023 às 15h15
Cerca de 80% das empresas do setor de alimentos e bebidas enfrentam desafios significativos no monitoramento de fornecedores em relação a aspectos socioambientais, segundo pesquisa recente da KPMG. A análise abrangente também revelou lacunas na representatividade de gênero e monitoramento de recursos hídricos, destacando a necessidade de ações mais robustas no âmbito das práticas ESG.
Sumário
Práticas ESG no Setor: Pontuações Médias Revelam Lacunas na Biodiversidade e Desmatamento
No cenário empresarial brasileiro, empresas do setor de alimentos e bebidas estão enfrentando obstáculos substanciais no cumprimento de práticas ambientais, sociais e de governança (ESG), de acordo com uma pesquisa recente conduzida pela KPMG. A análise envolveu 28 empresas do setor, destacando áreas críticas que demandam atenção imediata.
A pesquisa revelou que aproximadamente 80% das empresas investigadas não divulgam práticas de monitoramento de fornecedores em relação a aspectos socioambientais, tais como desmatamento, direitos humanos, trabalhistas, questões tributárias e de licenciamento. Além disso, o mesmo percentual não revelou contar com representatividade de gênero igual ou superior a 20% em cargos da alta administração.
O score médio ESG das empresas ficou em 45,9%, indicando a necessidade de melhorias substanciais em suas práticas. A pesquisa também destacou um descompasso entre empresas de maior porte, com alcance internacional, e aquelas de menor porte atuando em âmbito nacional. As empresas internacionais, sujeitas a pressões regulatórias mais rigorosas, obtiveram resultados superiores.
Desdobramentos e Futuro ESG: Pontos de Atenção e Oportunidades Emergentes
Os resultados da pesquisa apontam para um cenário desafiador no setor, mas também revelam oportunidades para avanços significativos em práticas ESG. A média geral das 28 empresas indicou que o tópico com pior desempenho foi biodiversidade e desmatamento, com uma pontuação de 25,13%.
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Apesar dos desafios, as empresas apresentaram melhores resultados, na média, nos tópicos relacionados a problemas de governança (74,95%), polêmicas com stakeholders (73,15%) e impactos ambientais (69,24%). O investimento em ações sustentáveis representou 27% do investimento total do setor, indicando uma conscientização crescente.
Maria Eugênia Buosi, sócia de gerenciamento de riscos em ESG da KPMG, destaca que as empresas podem acessar recursos financeiros diferenciados ao se valerem da emissão de títulos temáticos, proporcionando robustez à jornada ESG.
A pesquisa completa está disponível [aqui]