Recuperação Judicial: 54% das Empresas Alcançam Retorno Independente

Recuperação Judicial: 54% das Empresas Alcançam Retorno Independente

27/11/2023 às 14h08

Por: Fernanda Calandro
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Um levantamento realizado pelo Monitor RGF de Recuperação Judicial no Brasil, desenvolvido pela consultoria RGF & Associados, destaca que 54% das empresas que saíram do processo de Recuperação Judicial no terceiro trimestre deste ano retomaram suas operações sem supervisão judicial. O estudo abrangeu dados de mais de 2,1 milhões de empresas, apresentando um panorama detalhado da saúde econômica do país.

De acordo com o Monitor, das empresas recuperadas, 27% tiveram seus registros baixados ou encerrados, enquanto 13% foram consideradas falidas. O estudo representa um marco ao preencher uma lacuna no mercado, oferecendo informações sobre o destino das empresas após a Recuperação Judicial.

Rodrigo Gallegos, sócio da RGF especializado em reestruturação e recuperação judicial, destaca a importância do Monitor RGF ao fornecer uma visão abrangente sobre o pós-recuperação das empresas. Os resultados serão apresentados anualmente, dividindo-se em três grupos: Retorno da operação, Inatividade da empresa e Falência.

Recuperação Judicial: Dados do 3º Trimestre

No terceiro trimestre de 2023, o Monitor registrou:

  • 131 empresas entraram em Recuperação Judicial.
  • 79 empresas saíram do processo, sendo que 23 foram baixadas, 11 faliram, e 45 retornaram à operação normal.

Análise Nacional e Estadual

O Índice RGF de Recuperação Judicial (IRJ-RGF) nacional permaneceu estável, passando de 1,80 empresas a cada mil no segundo trimestre para 1,79 no terceiro trimestre de 2023. O total de empresas em Recuperação Judicial no país aumentou para 3.872, com um acréscimo de 49 em relação ao trimestre anterior.

Destaca-se o aumento no número de empresas em Recuperação Judicial no estado do Rio Grande do Sul, subindo de 262 no segundo trimestre para 288 no último período.

Análise Setorial

O Monitor também apresentou o Índice de Recuperação Judicial (IRJ) em diversos setores, revelando os mais impactados. Alguns destaques incluem:

  • Cultivo de cana-de-açúcar: 33,6
  • Construção de rodovias e ferrovias: 15,8
  • Fabricação de calçados de couro: 13,0

Análise Regional

  • Centro-Oeste (IRJ 3,04): Goiás lidera com 5,17, destacando-se nos setores de Locação de mão-de-obra temporária, Atividades de vigilância e segurança privada, Comércio atacadista de medicamentos e drogas de uso humano, e Transporte rodoviário de produtos perigosos.
  • Nordeste (IRJ 2,36): Alagoas, Pernambuco, Sergipe, Rio Grande do Norte, Bahia, Paraíba, Ceará, Maranhão e Piauí apresentam diversos setores com elevados IRJs.
  • Sul (IRJ 2,18): Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul têm destaque em setores como Cultivo de cana-de-açúcar, Organização logística do transporte de carga, e Fabricação de laticínios.
  • Sudeste (IRJ 1,42): São Paulo, Espírito Santo, Rio de Janeiro e Minas Gerais evidenciam setores como Construção de rodovias e ferrovias, Cultivo de cana-de-açúcar, e Fabricação de laticínios.
  • Norte (IRJ 1,10): Tocantins, Rondônia, Amazonas, Pará, Acre, Roraima e Amapá mostram setores com IRJs variados.

Considerações Finais

O Monitor RGF utiliza dados da Receita Federal para criar uma visão consolidada das empresas com maior influência social e econômica, excluindo microempresas, ONGs, entidades governamentais e filiais para uma análise mais precisa. O estudo contribui significativamente para compreender o cenário pós-recuperação das empresas no Brasil.

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